Caminho na praia e deixo minhas pegadas na areia, marcas indeléveis no caminho da vida. Muitas vezes profundas, doloridas, por vezes suaves e sutis. Mas as marcas estão lá, como prova do que passei. Pé ante pé, cada vez com mais dedos. Assim vou chegando a meu destino. Ninguém pode alcançá-lo por mim. Só eu posso pisar. Dois corpos nunca ocupam o mesmo lugar.
Eu perco o sono e por vezes brigo e choro por causa da areia à frente e das pegadas atrás. Por causa dos pés a meu lado. Não importa. Um dia a onda vai me apagar.
terça-feira, 6 de abril de 2010
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