terça-feira, 25 de novembro de 2008

O BARULHO DA ÁGUA e O SOL E O MAR


O BARULHO DA ÁGUA

Enquanto a água escorre
e a mágoa percorre meu corpo,
eu não escuto.
O mundo segue no mute.
O tempo passa na surdina.

Eu me entupo de luto
e derramo minha sina.

E, assim,
alagada em minha lágrima,
cai a chuva, chora a água,
a dor transborda e me enxágua,
e eu me inundo de mim.

Até o fim.


O SOL E O MAR

Enquanto o sol me ilumina,
me fascina e me aquece,
nada mais me entristece,
nada mais me alucina.

Cores vibram,
ondas crescem,
pés se escaldam na areia,
corpos expostos anoitecem.

E o calor que me invade,
me traz o céu, me leva ao mar,
me deixa ao léu, me faz cantar.

Por isso a praia, com sua água salgada,
sempre cura a minha ferida,
renova minha vida,
me faz voltar a amar.

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